sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Músicas...


Minha saudosa avó materna, falecida em 1986, dizia:

"Remédio que é para muita coisa no fim das contas não é para coisa nenhuma..."

Bom deve ter ficado autoexplicativo, mas em mais detalhes ela queria dizer que quem abrange muito não se especializa. Acho que é o meu caso, sou um cara muito curioso e que no fim das contas não se especializa em nada, não faz nada ao "estado da arte".

Aqui está mais uma prova.

Pelas minhas andanças didáticas passei pela música, pois tive a influência forte do meu pai nesse aspecto através de estilos como Jovem Guarda, Folclore Argentino, Gauchescas, etc..., mas percebi, em dado momento, que não existia um "forçar de barra" para seguir nessa área (até porque depois de insistir com algumas professoras de piano teve uma que foi direto ao ponto: "Ele está viciado no ouvido, não tem jeito..."), ou seja, mais uma área que sou metido sem conseguir me tornar expert.

Bom, depois de muito tempo soube na família de uma história que quando criança meu velho estudou música e em determinado momento de sua vida ele expôs sua vontade de seguir o caminho desta arte para minha avó (paterna desta vez) porém teve uma negativa forte da mesma que "atirou":

"Eu te coloquei em aulas de música para fazer parte de tua formação cultural, não que fosse para ti buscar viver disso..."

Estava parcialmente justificado o porque de eu não ser tão forçado à área e provavelmente esse balde de água fria na adolecência dele tenha sido um dos elementos contribuintes para eu estar aqui hoje. Hehehehe, Só tenho a agradecer a minha vózinha por ter podado o meu pai, caso contrário o podado seria eu. Hehehehehehehe

Bom, resultado disso é que meu pai sempre usou a música como hobby e, por consequência, eu tive bastante contato com música e instrumentos musicais, começando com um tecladinho Hering que ligávamos na luz e se acionava um ventilador interno, quando pressionávamos as teclas ele soava como se fosse um acordeon liberando o ar por aquela saída acionada.

Mais adiante tivemos um teclado eletrônico Casio e nossa cruzada pelos teclados Casio começou. Segue uma foto minha ainda piá nesse primeiro teclado da Casio mais "high tech" que o antigo Hering.


Depois de um bom tempo buscamos no exterior este outro teclado Casio que segue e que nos acompanhou até a pouco tempo:


Por fim, depois de sair de casa e buscar minha independência (Hehehehehehe) tive que buscar meu próprio teclado, foi aí que adquiri um Casio (por questões financeiras) WK-1500, 88 teclas com algum grau de sensibilidade ao toque, se aproximando um pouco da forma de tocar de um piano.
  

Com o passar do tempo despertei meu interesse por computadores mas foi na faculdade onde cursei Ciência da Computação e conhecendo dois professores que vieram a ser meus orientadores e amigos que pude unificar os conceitos de computação e música, e por influencia de um deles é que soube desse lado mais apurado dos teclados que pretendem imitar pianos acústicos.

Já fazia um tempo que eu tinha percebido uma ligação mas no nível da intuitividade, porém, quando comentava dessa minha percepção da afinidade de pessoal de Tecnologia da Informação com Música normalmente ouvia das pessoas: "Mas o que é que tem a ver uma coisa com a outra???"

Bom, se puxarmos um pouco a coisa para esse sentido de saber pouco de tudo ao invés de saber muito de pouco começamos a ver que existem relações passíveis de se estabelecer em diversas áreas.

Obs.: Esta é minha visão, não fundamentada em nada além de minhas percepções pessoais e leituras diversas...

Em música, matemática e física, por exemplo, podemos dizer que a partitura de uma música nada mais é do que expressão gráfica de frequências de um determinado som (explicado em física - acústica) acionadas em frações de tempo (matemática e física).

Mas voltando à faculdade, ali tive a oportunidade de ver a integração Musica/Computação/Eletrônica através da comunicação de dados.

Outra hora posto algo mais detalhado sobre o trabalho.

Mas basicamente a idéia era de fazer algo semelhante ao que o Jean Michel Jarre apresentou ao mundo com a Harpa Laser, porém era um instrumento de poucas notas e tinha que ser executada na proporção um braço para cada nota como dá pra ver na figura abaixo:


Bom a ideia do meu trabalho era expandir a possibilidade de notas simultâneas melhorando a proporção para uma nota por dedo, como nos teclados mas sem deixar de lado o mesmo apelo visual da Harpa de Jarre. Aqui está uma foto do protótipo de teclado sem teclas de 5 notas aleatórias (providencialmente chamado de Não-Me-Toque, pois não existe contato físico com qualquer tecla) que foi feito para provar que o meu trabalho funcionava de fato e a demonstração do apelo visual que se buscava com ele.


Obs.: Não sou fumante, esse foi apenas um sacrifício pela Ciência já que não tínhamos gelo seco para demonstrar o efeito. Hehehehehe




Bom, mas sem divagar muito, o objetivo principal deste post era colocar algumas musiquinhas gravadas em casa e não falar desse outro projeto, que vai ter seu espaço em outro momento.

Aqui seguem algumas gravações que fiz com um teclado, uma mesinha de som, alguns instrumentos acústicos e um PC com placa de som.

Estes vídeos são apenas alguns dos meus vários testes bastante amadores para avaliar algumas coisas.

- Gravação Multitrack com o Programa Audacity;

- Uso do software Openshot para editoração de videos;
- Aperfeiçoamento pessoal no uso de Linux e alguns softwares bem específicos;
- Viabilidade de junção de instrumentos eletrônicos e acústicos, com a gravação via PC.
- Uso das tecnologias de integração de vídeo do Youtube com postagem no Blogspot.

Não exijam demais, sou um mero hobbista. Hehehehehe