Minha
saudosa avó materna, falecida em 1986, dizia:
"Remédio
que é para muita coisa no fim das contas não é para coisa nenhuma..."
Bom deve
ter ficado autoexplicativo, mas em mais detalhes ela queria dizer que quem
abrange muito não se especializa. Acho que é o meu caso, sou um cara muito
curioso e que no fim das contas não se especializa em nada, não faz nada ao
"estado da arte".
Aqui está
mais uma prova.
Pelas
minhas andanças didáticas passei pela música, pois tive a influência forte do
meu pai nesse aspecto através de estilos como Jovem Guarda, Folclore Argentino,
Gauchescas, etc..., mas percebi, em dado momento, que não existia um
"forçar de barra" para seguir nessa área (até porque depois de
insistir com algumas professoras de piano teve uma que foi direto ao ponto:
"Ele está viciado no ouvido, não tem jeito..."), ou seja, mais uma
área que sou metido sem conseguir me tornar expert.
Bom,
depois de muito tempo soube na família de uma história que quando criança meu
velho estudou música e em determinado momento de sua vida ele expôs sua vontade
de seguir o caminho desta arte para minha avó (paterna desta vez) porém teve
uma negativa forte da mesma que "atirou":
"Eu
te coloquei em aulas de música para fazer parte de tua formação cultural, não
que fosse para ti buscar viver disso..."
Estava parcialmente justificado o porque de eu não ser tão forçado à área e provavelmente esse balde de água fria na adolecência dele tenha sido um dos elementos contribuintes para eu estar aqui hoje. Hehehehe, Só tenho a agradecer a minha vózinha por ter podado o meu pai, caso contrário o podado seria eu. Hehehehehehehe
Bom,
resultado disso é que meu pai sempre usou a música como hobby e, por consequência, eu tive
bastante contato com música e instrumentos musicais, começando com um
tecladinho Hering que ligávamos na luz e se acionava um ventilador interno,
quando pressionávamos as teclas ele soava como se fosse um acordeon liberando o
ar por aquela saída acionada.
Mais
adiante tivemos um teclado eletrônico Casio e nossa cruzada pelos teclados
Casio começou. Segue uma foto minha ainda piá nesse primeiro teclado da Casio
mais "high tech" que o antigo Hering.
Depois de
um bom tempo buscamos no exterior este outro teclado Casio que segue e que nos
acompanhou até a pouco tempo:
Por fim,
depois de sair de casa e buscar minha independência (Hehehehehehe) tive que
buscar meu próprio teclado, foi aí que adquiri um Casio (por questões
financeiras) WK-1500, 88 teclas com algum grau de sensibilidade ao toque, se
aproximando um pouco da forma de tocar de um piano.
Com o
passar do tempo despertei meu interesse por computadores mas foi na faculdade
onde cursei Ciência da Computação e conhecendo dois professores que vieram a
ser meus orientadores e amigos que pude unificar os conceitos de computação e
música, e por influencia de um deles é que soube desse lado mais apurado dos
teclados que pretendem imitar pianos acústicos.
Já fazia
um tempo que eu tinha percebido uma ligação mas no nível da intuitividade,
porém, quando comentava dessa minha percepção da afinidade de pessoal de
Tecnologia da Informação com Música normalmente ouvia das pessoas:
"Mas o que é que tem a ver uma coisa com a outra???"
Bom, se
puxarmos um pouco a coisa para esse sentido de saber pouco de tudo ao invés de
saber muito de pouco começamos a ver que existem relações passíveis de se
estabelecer em diversas áreas.
Obs.:
Esta é minha visão, não fundamentada em nada além de minhas percepções pessoais
e leituras diversas...
Em
música, matemática e física, por exemplo, podemos dizer que a partitura de
uma música nada mais é do que expressão gráfica de frequências de um
determinado som (explicado em física - acústica) acionadas em frações de tempo
(matemática e física).
Mas
voltando à faculdade, ali tive a oportunidade de ver a integração Musica/Computação/Eletrônica
através da comunicação de dados.
Outra
hora posto algo mais detalhado sobre o trabalho.
Mas
basicamente a idéia era de fazer algo semelhante ao que o Jean Michel Jarre
apresentou ao mundo com a Harpa Laser, porém era um instrumento de poucas notas
e tinha que ser executada na proporção um braço para cada nota como dá pra ver
na figura abaixo:
Bom a
ideia do meu trabalho era expandir a possibilidade de notas simultâneas
melhorando a proporção para uma nota por dedo, como nos teclados mas sem deixar
de lado o mesmo apelo visual da Harpa de Jarre. Aqui está uma foto do protótipo
de teclado sem teclas de 5 notas aleatórias (providencialmente chamado de
Não-Me-Toque, pois não existe contato físico com qualquer tecla) que foi feito
para provar que o meu trabalho funcionava de fato e a demonstração do apelo
visual que se buscava com ele.
Obs.: Não sou fumante, esse foi apenas um sacrifício pela Ciência já que não tínhamos gelo seco para demonstrar o efeito. Hehehehehe
Bom, mas sem divagar muito, o objetivo principal deste post era colocar algumas musiquinhas gravadas em casa e não falar desse outro projeto, que vai ter seu espaço em outro momento.
Aqui
seguem algumas gravações que fiz com um teclado, uma mesinha de som, alguns
instrumentos acústicos e um PC com placa de som.
- Gravação Multitrack com o Programa Audacity;
- Uso do software Openshot para editoração de videos;
- Aperfeiçoamento pessoal no uso de Linux e alguns softwares bem específicos;
- Viabilidade de junção de instrumentos eletrônicos e acústicos, com a gravação via PC.
- Uso das tecnologias de integração de vídeo do Youtube com postagem no Blogspot.
Não exijam demais, sou um mero hobbista. Hehehehehe